27 de mar. de 2010

Notas de um “Brasil ambivalente - Ação política e relações de poder”

Tradição e modernidade constituem, para a pesquisadora Regina Bruno, a ambivalência da sociedade brasileira. E é desta perspectiva que a autora, junto à outros colegas pesquisadores, traça a linha teórica do livro “Um Brasil Ambivalente – Ação política e relações de poder”, lançado pela Editora Mauad X.
 Ao tratar da representação de interesses em nossa sociedade, a ambivalência aparece, assim, como categoria chave na interpretação do Brasil do agronegócio e do ruralismo.

Leia o texto completo no Boletim NEAD No. 473. Clique aqui.


24 de mar. de 2010

Acervo digital de cultura negra - CULTNE

Ontem fui no lançamento do Acervo digital de cultura negra. Um projeto que vale a pena conferir!

No CULTNE - Acervo Digital de Cultura Negra Brasileira você tem a chance de conhecer novos pontos de vista da história do país, através de materiais inéditos em vídeo, em diversos momentos artísiticos e políticos, registrados ao longo de décadas.

Além de assistir, você pode se cadastrar e baixar todo o conteúdo para seu computador, utilizando livremente o material em edições jornalísiticas, projetos estudantis, ou qualquer atividade sem fins lucrativos, desde que citada a fonte.

A seguir um registro do Movimento Negro em 1988 em marcha no centro do Rio de janeiro, denunciando o racismo e na lutas contra as desigualdades.  



21 de mar. de 2010

Carta aberta dos professores do IUPERJ

Carta aberta dos professores do IUPERJ

Rio de Janeiro, 15 de março de 2010.

Prezados colegas e amigos do IUPERJ,

Voltamos, nós do IUPERJ, a recorrer aos colegas das Ciências Sociais e da Academia em geral. Dirão alguns decerto que se trata da continuada crise que os ocupou em nosso apoio, em momento crítico há seis anos atrás. Sim, é a mesma, só que agravada ao seu mais extremo limite, pois agora o que está em jogo é o encerramento das atividades da instituição.

Nestes últimos anos, a situação da Universidade Candido Mendes, mantenedora do IUPERJ, só fez deteriorar-se. Nos últimos dois anos, não recebemos 9 salários dos 26 devidos e vários direitos trabalhistas não são honrados desde 1999. Em 2010 não temos qualquer perspectiva de que receberemos salários ao longo de todo o ano letivo. Ora, como não temos recursos próprios, que fazer para evitar um desfecho que nos é catastrófico?

Estamos negociando com o Governo Federal, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, a formação de uma Organização Social, entidade que propiciaria aporte de recursos públicos, inclusive orçamentários, e privados para o Instituto: trata-se da única alternativa capaz de garantir a sobrevivência institucional. Ocorre, porém, que não são poucos os obstáculos nesse caminho, até mesmo uma argüição de inconstitucionalidade das OS no Supremo Tribunal Federal. Se superados todos os obstáculos, vale lembrar, só alcançaremos resultados tangíveis em 2012, não obstante o apoio manifestado por diversas agências governamentais.

Incerto e longo, o caminho não será percorrido sem o apoio e a solidariedade da comunidade científica, os quais, diga-se a bem da verdade, jamais nos foram negados. O alerta aos poderes públicos só se efetivará de fato com crescentes manifestações de preocupação com o destino do IUPERJ.

O IUPERJ é sua história, o empenho de seus estudantes, funcionários e professores nestes últimos 40 anos; seus programas de Ciência Política e Sociologia, respectivamente com graus 6 e 7 na avaliação da CAPES e ambos totalmente gratuitos; as 281 teses de doutorado e 471 dissertações de mestrado aqui defendidas; o fato de que 41% de seus doutores egressos ensinam e pesquisam em universidades públicas e 23% o fazem em instituições particulares; os 40 doutores do exterior aqui diplomados; os 11 grupos de pesquisa ora cadastrados no CNPq. É por tudo isso que acreditamos numa solução institucional e decidimos iniciar o ano letivo mesmo sem salários.

Queremos continuar a fazer o que sempre fizemos. A instituição é maior que cada um de nós. Tudo faremos para tentar salvá-la, mas nem tudo está ao nosso alcance. Por isso, pedimos, e é este o verbo, o apoio dos colegas.

Adalberto Moreira Cardoso
Argelina Maria Cheibub Figueiredo
Carlos Antonio Costa Ribeiro
Cesar Augusto C. Guimarães
Diana Nogueira de Oliveira Lima
Fabiano Guilherme M. Santos
Frédéric Vandenberghe
Gláucio Ary Dillon Soares
Jairo Marconi Nicolau
João Feres Júnior
José Maurício Domingues
Luiz Antonio Machado Silva
Luiz Jorge Werneck Vianna
Marcelo Gantus Jasmin
Marcus Faria Figueiredo
Maria Regina S. de Lima
Nelson do Valle Silva
Renato de Andrade Lessa
Renato Raul Boschi
Ricardo Benzaquen de Araújo
Thamy Pogrebinschi

16 de mar. de 2010

Xingu: porque não queremos Belo Monte

A seguir a versão reduzida do documentário Xingu: porque não queremos Belo Monte , onde comunidades indígenas e ribeirinhas que vivem na região da Volta Grande do Xingu revelam como as bases simbólicas e materiais que garantem sua sobrevivência  serão afetadas pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, e reafirmam sua resistência ao projeto, diante da ofensiva de setores do governo em aprová-lo sem debate com as comunidades afetadas e sem realizar a obrigatória consulta às comunidades indígenas prevista na Convenção 169 (OIT), da qual o Brasil é signatário.




Em solidariedade ao Movimento Vivo para Sempre, a Rede Brasileira de Justiça Ambiental e o Forum da Amazonia Oriental (FAOR), lançou uma Campanha contra a construção dessa hidreletrica na Amazônia, cuja licença o governo liberou em fevereiro de 2010.

Para maiores informações sobre o caso acessehttp://www.justicaambiental.org.br/_justicaambiental/pagina.php?id=2564

A versão integral do documentário Xingu: porque não queremos Belo Monte pode ser vista em:  http://www.fase.org.br/v2/pagina.php?id=3222

14 de mar. de 2010

La guerra por los recursos naturales - El Agua

La guerra por los recursos naturales - El Agua
Por Sylvia Ubal
 

 
En los últimos tiempos, las grandes corporaciones han pasado a controlar el agua en gran parte del planeta y se especula que en los próximos años, unas pocas empresas privadas poseerán el control monopólico de casi el 75% de este recurso vital para la vida en el planeta. Los gobiernos de todo el mundo -incluidos los de países desarrollados- están desviando su responsabilidad de tutela de los recursos naturales a favor de las empresas. Según ellos, para mejorar la provisión del servicio. El embotellamiento del agua es un negocio que supera en ganancias a la industria farmacéutica.

Ver artigo completo em: http://www.ecoportal.net/content/view/full/91540

A Terra tem direitos? por Leonardo Boff

A Terra tem direitos?
Por Leonardo Boff *


O que importa não é a salvação do status quo, mas a salvação da vida e do sistema Terra. Esta é a nova centralidade, que redefinirá os rumos da política, afirma neste artigo o teólogo Leonardo Boff.

RIO DE JANEIRO, 8 de março (Tierramérica).- Não existe no mundo uma representação política dos interesses da humanidade e da Mãe Terra que tutele sua proteção natural e cultural. Há séculos, vivemos sob a jurisdição dos Estados-nação, com suas particulares soberanias e autonomias. Como os problemas se tornam mais e mais globais, esta configuração política é insuficiente para oferecer as soluções necessárias.

Ver matéria completa em Terramérica. Meio Ambiente e Desenvolvimento.

11 de mar. de 2010

Boletim da Asociación Latinoamericana de Sociologia dedicado ao Haiti (N.8, Março 2010)

Conteúdo:
  • Haití: Los pecados de Haití (Eduardo Galeano)
  • Haití: espejo de crisis civilizatoria (Jaime Preciado Coronado)
  • La educación en Haití: del abandono al caos (Pablo Gentili)
  • El terremoto en Haití y el imperialismo (Marco A. Gandásegui, hijo)
  • Catástrofes naturales y terremotos sociales (Marcelo Arnold Cathalifaud)
  • Educação e democracia na trajetória de Florestan Fernandes (Eliane Veras Soares)
  • Sobre el juicio al doctor Miguel Ángel Beltrán Villegas (Directiva ALAS)
  • Necesidad de una nueva mayoría política y social progresista (Jorge Rojas Hernández)
  • Cambios y desafíos en la educación (Jorge Rojas Hernández)
  • Información de eventos

BoletinALAS: www.edicionalas.org 

10 de mar. de 2010

Os pecados do Haiti por Eduardo Galeano

Os pecados do Haiti
Eduardo Galeano

A história do assédio contra o Haiti, que nos nossos dias tem dimensões de tragédia, é também uma história do racismo na civilização ocidental. Em 1803 os negros do Haiti deram uma tremenda sova nas tropas de Napoleão Bonaparte e a Europa jamais perdoou esta humilhação infligida à raça branca. O Haiti foi o primeiro país livre das Américas. Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até 1934. Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objetivos: cobrar as dívidas do City Bank e abolir o artigo constitucional que proibia vender plantações aos estrangeiros. O artigo é de Eduardo Galeano.

5 de mar. de 2010

Imigração e poder em contextos nacionais e internacionais

27 REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA – ABA
BELÉM, DE 01 A 04 DE AGOSTO DE 2010.
 GT 38 - Imigração e poder em contextos nacionais e internacionais
Coordenadores: Maria Catarina Chitolina Zanini (UFSM) e Igor José de Renó Machado (UFSCAR)
Debatedor
: Giralda Seyferth (UFRJ)
Resumo: Os processos migratórios, passados ou contemporâneos, têm se mostrado objeto de estudo extremamente pertinente para se compreender as complexidades das interações humanas e também das políticas mais amplas acerca dos fluxos de capitais (econômicos, políticos, simbólicos, científicos, entre outros) nos contextos nacionais e internacionais. As migrações enquanto processos transnacionais, produtoras de espaços culturais desterritorializados mediados por famílias transnacionais, fluxos de remessas e comunicações são particularmente relevantes nas atuais conjunturas políticas de restrição à mobilidade humana. Este GT objetiva ampliar o debate acerca das construções teórico-metodológicas utilizadas para se compreender as diversas dinâmicas envolvidas nos processos migratórios, seja do ponto de vista das relações destes com as políticas internacionais, políticas estatais de controles de fluxos migratórios, direitos humanos e aquelas dos estados nacionais e também nas relações cotidianas das diferentes alteridades no contexto do confronto entre “nós” e os “outros” produzidos pelas migrações. Estamos interessados também em reflexões acerca de relações de hierarquia, poder e estruturas de dominação intra-grupos, isto é, entre imigrantes. Etnografias que explicitem as complexidades que envolvem a constituição de comunidades migrantes são particularmente reveladoras desses processos. 


Outros olhares...

Porque a realidade costuma ser opaca... e, não poucas vezes, nossos olhares escorregam na sua superfície