19 de jul. de 2013

Culturas de Resistência - Documentário 2010 (legendas em espanhol)

    Um bom, bonito e (e oportuno) documentário:







    En vísperas de la invasión estadounidense a Irak (2003), la directora Lara Lee emprendió un viaje cuyo objetivo era comprender mejor un mundo cada vez más envuelto en conflictos. Tras varios años de recorrer los cinco continentes, Lee había encontrado una cantidad enorme de personas que dedicaban sus vidas a promover el cambio. Cultures of Resistance es su historia. Desde Irán, donde las pintadas callejeras y el rap se volvieron herramientas contra la represión gubernamental, hasta Birmania, donde monjes que continúan la tradición de Gandhi combaten una dictadura; y de allí a Brasil, donde hay músicos que enseñan a los chicos de la favela cómo reconvertir armas en guitarras, para llegar a los campos de refugiados palestinos en el Líbano, donde la fotografía, la música y el cine le han dado voz a aquellos que pocas veces son escuchados.

Fonte: http://www.culturesofresistance.org/ 

8 de fev. de 2013

CAMPANHA NACIONAL CONTRA A DESERTIFICAÇÃO DA PLANÍCIE GOYTACÁ!



Apoiada por organizações e movimentos sociais nacionais e internacionais (Via Campesina, Movimento de Pequenos Agricultores; Pão para o Mundo, Mãos Unidas, ASPRIM, Associação dos Geógrafos Brasileiros, Instituto Visão Social e pesquisadores de várias universidades como a UENF, UFF e IFF) a Comissão Pastoral da Terra vem a público denunciar o desastre socioambiental que as obras do Complexo industrial e portuário do Açu, empreendimento do bilionário Eike Batista, estão produzindo na região Norte do Estado do Rio de Janeiro.
Primeiramente, definiremos nossa posição quanto à divergência do “mega projeto”. Nossa posição se assenta na experiência de conviver com agricultores da região - inseridos em um contexto da agricultura familiar e da pesca artesanal há mais três séculos. Esta convivência reforça nossa opção de apoio à agricultura camponesa em oposição à mineração, que sustenta o projeto em curso. Ao contrário da agricultura, que devolve o que o homem extrai da terra, o processo de mineração é destrutivo, ou seja, o que se tira da pedreira ou da mina não pode ser substituído. A mineração é inconcebível sem o refugo. A mineração, portanto,
“apresenta a própria imagem da descontinuidade humana, presente hoje e desaparecida amanhã, ora fervilhante de ganhos, ora exaurida e vazia... A crônica da mineração é um túmulo de veios de poços repudiados e abandonados”. (MUMFORD, Lewis, 1961: 450-1).
Para escoar o minério está em andamento, no Açu, a construção de um estaleiro para navios de grande porte, que saliniza a região: sal que provém da areia retirada do mar e depositada na restinga, bem como da abertura do canal para o estaleiro. Devido ao excesso de sal, a água dos canais, das lagoas e do subsolo está se tornando imprópria para a economia pesqueira e agropecuária, bem como para uso humano, criando uma região desertificada.
O INEA, órgão do Estado responsável pela licença ambiental, está sendo investigado, através dos Ministérios Públicos estadual/RJ e Federal sobre irregularidades nas licenças ambientais do projeto.
A implantação do projeto descarta 1.500 famílias que têm suas raízes fincadas naquelas terras há gerações, que resistiram às adversidades do campo brasileiro e protagonizaram toda uma história de vida nas areias fertilizadas por elas mesmas, através de seu trabalho. A forte relação e dependência dessas pessoas com os recursos naturais disponíveis no ambiente, sem os quais não há condições de permanência e de vida em comunidade, sinalizam evidências concretas de pertencimento, sobretudo para os agricultores, que mantém toda uma história de relações com o lugar, a memória vivida e sentimentos afetivos e morais com suas terras.
A CPT convoca a sociedade a apoiar esses camponeses Bem Aventurados, “o sal da terra” na resistência a Eike Batista, nova representação de Abimaleque (pai do rei), personagem bíblico citado no livro dos juízes que, desejando arruinar a cidade de Siquém, semeia sal tornando a terra estéril e infrutífera (Jz 9:45) e, fiel à memória subversiva do evangelho, da vida e da esperança, contribua para que a região do Açu permaneça uma terra onde jorra leite e mel (Nu 13:27), abacaxis, maxixes, amescas...

Campos dos Goytacazes, 30 de dezembro de 2012.
 Coordenação Regional RJ/ES


Outros olhares...

Porque a realidade costuma ser opaca... e, não poucas vezes, nossos olhares escorregam na sua superfície