A cientista política norte-americana, Elinor Ostrom, da Universidade de Indiana, se torna a primeira mulher a ganhar o prêmio Nobel de Economia.
Contrariando a visão dominante de que bens comuns são mal geridos por seus múltiplos donos e deveriam ficar sob o controle do Estado ou serem privatizados, Elinor Ostrom mostrou que patrimônios coletivos, como florestas, pastagens, estoques de peixes e outros recursos naturais, podem ser bem administrados pelos membros das próprias associações que controlam essa propriedade comunitária. Segundo a cientista política, as associações acabam desenvolvendo mecanismos sofisticados de tomada de decisões e criam regras para dar conta dos conflitos de interesse entre os membros das associações.
Nesse sentido, escreve Miguel Caetano no seu Blog Remixtures, a atribuição do Prémio Nobel da Economia a Ostrom é um autêntico “golpe de rins” aplicado a todos os defensores da crença neo-liberal de que não existe outra alternativa à economia de mercado centrada no individualismo puro e no “salve-se quem puder.”
Um Nobel mais feminino, porém... ainda muito masculino: Em 2009, 5 dos 13 pesquisadores que ganharam o Nobel são do mulheres. E isto já foi melhor do que en edições anteriores. Nunca o prêmio fora concedido a tantas mulheres como neste ano. Além de Elinor Ostrom na categoria Economia, a alemã Herta Müller ganhou o prêmio de Literatura, a israelense Ada E. Yonath, do Weizmann Institute of Science (Israel), foi uma das vencedoras da láurea de Química e as norte-americanas Elizabeth H. Blackburn, da Universidade da Califórnia, e Carol W. Greider, da Escola Médica da Universidade Johns Hopkins, dividiram o de Medicina.
Para mais informações sobre o Nobel de Economia 2009, ver Pesquisa Fapesp On-line
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