26 de set. de 2009

Debate sobre mudanças climáticas - Entrada franca

Será realizado em 28 de setembro, segunda-feira, debate sobre mudanças climáticas. Estarão presentes Cândido Grzybowski (Ibase), Letícia Tura (Fase), Marcelo Furtado (Greenpeace) e Philippe Léna (IDR França). Na ocasião, será lançada a revista Democracia Viva nº 43. O evento ocorrerá no Rio. A entrada é franca.
 

25 de set. de 2009

Agua, um direito? Como os habitantes do Haiti se aprovisionam de água cotidianamente?


Como os habitantes de regiões muito pobres se aprovisionam de água cotidianamente? Que lugar ela ocupa no dia a dia das famílias? “A vida social da água”, pubicação organizado pelo Nucec (Núcleo de Pesquisas em Cultura e Econnomia) mostra como na em Bel Air, um bairro de Porto Príncipe (capital do Haiti), uma parte significativa do cotidiano das pessoas se organiza em torno da água. O texto descreve etnograficamente os diferentes usos da água, os circuitos de distribuição e comercialização, as relações entre política e territorialidade, os mecanismos de formação dos preços, as visões relativas à qualidade e as percepções que a população tem sobre as ações das agências do Estado e da cooperação internacional. 

Assim, discutem-se algumas questões relativas à formulação e implementação das políticas públicas, à noção de escassez, à estruturação dos mercados e às modalidades do associativismo comunitário.



Para download gratuito da publicação clique na imagem da capa do livro.

23 de set. de 2009

Caminhos Convergentes - Estado e Sociedade na Superação das Desigualdades Raciais no Brasil


Caminhos Convergentes – Estado e Sociedade na Superação das Desigualdades Raciais no Brasil, livro organizado por Rosana Heringer, coordenadora executiva da ActionAid, e Marilene de Paula, coordenadora de programas e projetos da Fundação Heinrich Böll, reúne artigos que fazem uma análise crítica sobre as principais  políticas de promoção da igualdade racial do governo brasileiro a partir de 2001.
 

    A primeira parte contém artigos sobre como a desigualdade racial está contemplada nas políticas públicas de redução da pobreza no Brasil; sobre a lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história da África e das culturas afrobrasileiras nas escolas; os avanços e dificuldades dos programas de inserção de estudantes negros no ensino superior; as políticas voltadas para as comunidades quilombolas; as políticas para as mulheres negras.

      Na segunda parte, os artigos identificam os desafios político-estratégicos para avançar na redução das desigualdades raciais no país e tratam do processo preparatório da Conferência Mundial sobre o Racismo, discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas - convocada pela ONU em 2001; dos desafios da agenda antirracista apresentados às ONGs brasileiras; da emergência nas favelas cariocas de grupos de jovens ligados a iniciativas culturais e artísticas, e da institucionalização e participação no Estado do movimento negro.

O livro pode ser adquirido pelo site www.actionaid.org.br ou pelo tel (55-21) 2189-4600. Ou para download gratuito, clique sobre a imagem do livro.

21 de set. de 2009

Levi Strauss reflete sobre vacas loucas e canibalismo, natureza e cultura


As vacas loucas não estão mais na moda, mas as questões que o artigo de Levi Strauss levanta continuam atuais! 



A lição de sabedoria das vacas loucas
Por Claude Lévi-Strauss

     Para os ameríndios e para a maior parte dos povos que por longo tempo permaneceram sem escrita, o tempo dos mitos foi aquele em que homens e animais não eram realmente distintos uns dos outros e podiam se comunicar entre si. Tomar como início dos tempos históricos a Torre de Babel, quando os homens perderam o uso de uma língua comum e deixaram de se compreender, pareceria àqueles povos uma visão singularmente estreita. Do seu ponto de vista, o fim da harmonia primitiva se produziu num âmbito muito mais vasto: atingiu não apenas os humanos, mas todos os viventes.

(...)

    Há alguns anos, por ocasião da epidemia da vaca louca, que ainda não era o que viria a se tornar, explanei aos leitores do La Repubblica ("Siamo tutti canibali", 10-11/10/1993) que as patologias afins de que vez por outra o homem é vítima — o kuru, distúrbio neurológico causado por ingestão de cérebros dos mortos em rituais na Nova Guiné, e a doença de Creutzfeldt-Jacob, resultante da administração de extratos de cérebro humano para curar distúrbios do crescimento – estão ligadas a práticas decorrentes do canibalismo, de modo que é preciso alargar a noção para poder incluir todas essas doenças.

    E eis que agora nos informam que a doença da mesma família que afeta as vacas em vários países europeus (e que oferece risco mortal ao consumidor) é transmitida pelos farelos de origem bovina com que se alimentam os animais. Ela resultou, portanto, da ação humana de transformar estes em canibais, sob um modelo que de resto não é sem precedente na história. Segundo textos da época, durante as guerras religiosas que ensanguentaram a França no século XVI os parisienses esfaimados se viram constrangidos a se alimentar de pão à base de farinha de ossos humanos, retirados das catacumbas e moídos.

Artigo publicado em Com Ciência - SBPC/Jornalislmo científico - Dossier sobre Levi Strauss (Maio 2009)
Ver artigo completo

20 de set. de 2009

TicTacTicTac - Campanha Global de Ações pelo Clima

Lançada no primeiro semestre de 2009, a Campanha Global de Ações pelo Clima batizada de Campanha TicTacTicTac no Brasil, visa mobilizar a opinião pública para apoiar processos de transformação e ação rápida para evitar mudanças climáticas perigosas, com um foco inicial num acordo justo e equitativo na COP-15.

No Brasil, possui um Conselho Consultivo composto por uma grande variedade de personalidades e organizações representativas da sociedade brasileira, incluindo: Avaaz, Greenpeace, Idec, Oxfam, Vitae Civilis, WWF-BR.

 Mais de 2000 ações serão realizadas em centenas de cidades em todo o mundo no dia 21 de setembro, véspera da abertura da Assembléia Geral da ONU – Organizações das Nações Unidas, quando chefes de governo estarão reunidos em Nova York para dizer o que esperam decidir em Copenhague, em dezembro, para a nova fase da convenção sobre Mudança de Clima e do Protocolo de Quioto. O Presidente Lula será o primeiro chefe de Estado e Governo a falar na assembléia da ONU no dia 22.

No Brasil, serão mais de 150 iniciativas que multiplicarão as demandas da campanha global tic tac tic tac. Veja no site www.tictactictac.org.br o mapa com as centenas de eventos que a TicTacTicTac fará no mundo inteiro.

Fonte: Campanha Tic Tac Tic Tac - www.tictactictac.org.br

17 de set. de 2009

Olhares indígenas

Está NO AR a série de Curtas Vídeo nas Aldeias: Olhares Indígenas. São 6 vídeos curtinhos, que oferecem um panorama da produção dos realizadores indígenas de várias partes do Brasil, e resume o momento atual do projeto Vídeo nas Aldeias. Os vídeos também exemplificam o amplo leque das temáticas abordadas pelos realizadores indígenas: de histórias tradicionais contadas pelos mais velhos, a práticas cotidianas das aldeias, passando pela relação com os recursos naturais, estratégias de sustentabilidade, e relação com o mundo de fora, até intercâmbios culturais. Dos vídeos, "A gente luta mas come fruta: trailer" (Ashaninka) e "Nós e a cidade" (Mbya-Guarani), são releituras resumidas de filmes anteriores, "Bimi: Mestra de Kenes" (Hunikui), e "Troca de Olhares" (Hunikui/Ashaninka) são prévias de trabalhos a serem lançados futuramente, com enfoques diferentes, já "A História do Monstro Kátpy" (Kisêdjê), e "Kidene: Academia Kuikuro", são obras originais no seu formato final.

Todos os vídeos foram editados num encontro de realizadores indígenas ocorrido em Agosto de 2009 na sede do Vídeo nas Aldeias, em Olinda, com o apoio do Programa Ponto Brasil, da TV Brasil, que veiculará os curtas num especial Vídeo nas Aldeias. Para maiores informações, para saber mais, assistir ou adquirir obras dos realizadores indígenas: http://www.videonasaldeias.org.br , ou o canal no Youtube.

LEGENDAS: É necessário ativar as legendas do Youtube ("close captions"). O menu de legendas fica no canto inferior direito da tela, e lá é possível escolher o idioma.

15 de set. de 2009

Até um simples limão pode ser "vitima" da diversidade cultural

"Que limão é esse?" Vídeo gravado por Neide Rigo durante encontro de lideranças do Slow Food.no Brasil Pirinópolis - GO julho de 2009. Edição de Imagens: Inês Correa.

10 de set. de 2009

14a. Mostra Internacional de Filme Etnográfico - Inscrições abertas



As inscrições de filmes para participar na 14a edição da Mostra Internacional do Filme Etnográfico estão abertas. A ficha de inscrição está disponível no site.

A Mostra Internacional do Filme Etnográfico é um evento que tem como objetivo exibir documentários de caráter etnográfico, nacionais e internacionais, possibilitando um diálogo entre diferentes realizadores e suas cinematografias. O projeto, idealizado pela Interior Produções e coordenado por seus diretores, a antropóloga Patrícia Monte-Mór e o documentarista José Inácio Parente, faz parte de uma iniciativa mais ampla em direção à reflexão sobre o ensino da antropologia e a produção de documentários. Além da exibição de filmes e vídeos, a Mostra também promove um conjunto de atividades voltadas para o debate de questões dos dois campos. Todas as sessões e atividades da MOSTRA são gratuitas.

7 de set. de 2009

Ser humano: mamífero bípede com telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor...

Gente, a curta-metragem "Ilha das Flores" de Jorge Furtado (1989) é imperdível... são apenas 10 minutinhos de atenção e, espero, muitas horas de reflexão.

Não deixem de assistir, vale a pena.

3 de set. de 2009

Seminário Redes Sociais, Organizações, Cultura e Poder

"Redes Sociais, Organizações, Cultura e Poder 2" com a professora Larissa Lomnitz da Universidade do México (UNAM) ocorre nos dias 14 e 15, 21 e 22 de setembro de 2009 no Rio de Janeiro. Clique aqui para mais informações.

1 de set. de 2009

Os direitos da "Humanidade"

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada e proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em em 10 de dezembro de 1948. Assinada pelo Brasil na mesma data.

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,
 
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultam em atos bárbaros que ultrajam a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum,

Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,

Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,

Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,

Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e a observância desses direitos e liberdades,

Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,

A Assembléia Geral proclama:
     A presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

VER Declaração completa na Biblioteca Virtual de Direitos Humanos da USP

Outros olhares...

Porque a realidade costuma ser opaca... e, não poucas vezes, nossos olhares escorregam na sua superfície