O caso do sudeste do Pará
O complexo de violência e devastação da Amazônia brasileira
Carlos Walter Porto-Gonçalves
O debate acerca da Amazônia vem sofrendo uma inflexão, sobretudo a partir dos anos setenta. Desde então a problemática ecológica entra na agenda complexificando ainda mais o debate acerca dos destinos da região. A internacionalização que, desde sempre, marca a formação geográfica da Amazônia se vê, agora, acrescido desta problemática nova. Se, por um lado, esse novo agendamento vem sido imposto a partir de uma escala supranacional, ela ganha consistência interna quando se observa a mudança radical no padrão sócio-político de organização do espaço geográfico da Amazônia a partir dos anos 1960, com o projeto geopolítico que envolveu a mudança da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília.
A partir de então, a geografia da Amazônia deixa de se organizar exclusivamente em torno dos rios, o que a caracterizava desde o período colonial, e, cada vez mais, passa a ser conformada a partir das estradas e toda logística associada aos grandes projetos de exploração mineral, sobretudo na sua porção meridional - de Rondônia à Amazônia Oriental (o leste paraense e o oeste do Maranhão) passando por todo o norte de Mato Grosso e Tocantins.
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Extraido de: ALAI, América Latina en Movimiento (2008-02-11)
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